html

TEXTO

Pesquisar neste blogue

segunda-feira, novembro 24, 2014

Video de hoje


O meu post de hoje


segunda-feira, março 21, 2011

Carta de indignação aos nossos tribunais...

CARTA DE INDIGNAÇÃO AOS NOSSOS TRIBUNAIS…

Tribunal da Comarca do Alentejo Litoral – Juízo Instancia criminal – Juiz 2 “ Santiago do Cacem”.
Eu, Paula Pinela e os meus familiares esposo e filhos, residentes em Monte Abraão – Queluz em 2009 gozando férias de verão na Costa Vicentina decidimos ir á praia de Sines, no final do dia de praia +- 17h pensamos em ir comer um gelado ao Castelo.

Quando estava-mos a subir a rua que liga a praia ao castelo deparamo-nos com um rapaz que estava a roubar uma mala a uma senhora e arrasta-la pelo alcatrão pondo-se em fuga na nossa direcção, atravessa-mos o carro para lhe cortarmos o caminho e prestamos assistência á senhora chamamos o 112 e a Policia.

O meu marido pôs-se em perseguição ao assaltante, quando a policia veio entregamos o assaltante e fomos convidados a ir á esquadra prestar declarações e sermos testemunhas desta situação. A própria população e a polícia felicitaram pelo nosso acto de coragem.

No dia 27.10.2010 o tribunal de Santiago do Cacem notificou-nos com pena de penalização de não comparência a sermos testemunhas nesse processo a essa data deslocamo-nos de Monte Abraão - Queluz a Santiago do Cacem a onde não houve audiência fomos então pedir a justificação para entregar na entidade patronal do dia de trabalho perdido e solicitar o reembolso das despesas efectuadas aquele tribunal.

Então dizem-nos que temos que fazer um pedido ao Dª juiz com os comprovativos de gasolina portagens e os km, logo não enviamos esperamos por nova notificação que foi logo em 17.01.2011 onde voltamos a falar na situação do pagamento das despesas onde nos disseram a mesma coisa.

A 24 01.2011 escrevi ao tribunal de Santiago do Cacem ao Juiz 2 Instancia Criminal do Tribunal da Comarca de Alentejo Litoral de Santiago do Cacem referente ao processo 2164/09.4 GMSTC a solicitar o reembolso das despesas totalizando 171.66€ pelas duas viagens efectuadas entregando os valores descriminados pelos Km 320 Km pelo dia 27.10.2010 + 320Km pelo dia 17.01.2011 correspondendo a 160 Km de Monte Abraão a Santiago do Cacem.

A 17.02.2011 recebi do tribunal de Santiago do Cacem uma carta onde fazem referência que abusei nos Km que reclamo mas que até era secundário pois ia ser reembolsada pela tabela IV que corresponde 8.50€ por pessoa e deslocação totalizando por 2 testemunhas e duas viagens 8.5€ x 4= 34 €. Valore esse que não paga uma ida de autocarro.

È esta justiça que temos perco eu 2 dias de trabalho…Não fui comer o gelado com os meus filhos…para ter este final!

VALE A PENA SER BOM CIDADÃO??

VALE A PENA SER TESTEMUNHA EM TRIBUNAL ENQUANTO TEMOS JUIZES COMO ESTES QUE PENALIZÃO MAIS AS TESTEMUNHAS DO QUE OS LADRÕES!!

Pois sim o pai do arguido que até é advogado pediu para falar e comprometeu-se a pagar á vítima todas as despesas, que o fez logo nesse dia no tribunal, o arguido teve pena suspensa de 1 ano e meio e eu fico com o prejuízo de 137.66€.

É NESTE PORTUGAL QUE NOS VIVEMOS QUE NEM NOS TRIBUNAIS PODEMOS CONFIAR. !!!

Junto envio o ficheiro com a carta do meu pedido de reembolso ao tribunal, a resposta da mesmo e o mapa da Michelin com os Km (visto o tribunal me dizer que regem-se pela tabela Michelin).

Para quem me quiser ajudar a divulgar ou estiver interessado a divulgar esta situação na comunicação social o meu contacto é 914128752 / 966577972.

GOSTARIA QUE ESTA SITUAÇÃO NÃO MORRE-SE POR AQUI…REPASSEM POR FAVOR.

O MEU MUITO OBRIGADA.

Paula Pinela.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Carta de um Português indignado com as SCUT

Transcrevo como recebi, belo texto:)

Assunto: Pagamento de Passagens na Ex-SCUT de Alfena

Exmos. Senhores,

Sendo morador em Alfena e trabalhando no Porto, utilizo, como sempre utilizei, o seguinte trajecto: Porto-VCI-A3-A42-Alfena, sendo o regresso feito em sentido inverso utilizando as mesmas vias.
Não vou dissertar agora no facto de que Vas. Exas. me estão a cobrar a utilização de uma via que foi construída com os meus impostos e com as verbas provenientes da União Europeia, porque esse infelizmente é assunto
ultrapassado pelas Leis abusivas deste País.

Vas. Exas. em conluio com os (des)governantes deste País, não prestam nenhum serviço... disponibilizam uma determinada estrutura (estradas) que caso queiramos utilizar terão que ser pagas, mas como vocês, pobrezinhos, ganham pouco e não têm dinheiro para criar postos de trabalho, não disponibilizam nenhum funcionário para receber o que devo no fim da utilização desses serviços...

Assim, de acordo com a leitura sobre as diversas formas de pagamento, cheguei à conclusão de que não vou comprar nenhum dos dispositivos que Vas. Exas. têm(??) à venda, nomeadamente o DECP, o DEM ou o DT, uma vez que tal não faz sentido!

Desgraçadamente, mesmo que quisesse adquirir uma dessas máquinas registradoras, as mesmas encontram-se esgotadíssimas.... porque se calhar vos dá jeito cobrar os "serviços administrativos" que são um autêntico
roubo.

Então EU é que compro o dispositivo da v/ cobrança?? Isso tem tanta lógica como ir a um café, pedir umas águas que custam 0,80€ e cobrarem-me 0,90€ sendo que os 10 cêntimos a mais são como contribuição para o café ter
comprado a sua máquina registadora..... NÃO FAZ SENTIDO!!!

Atentem nesta "JÓIA" exemplificativa de autêntica extorsão: No trajecto A3-Alfena, utilizando cerca de um quilómetro da A42.... o valor da passagem são 0,20€ e o valor do serviço administrativo são.... 0,30€ !!!!!! É para RIR???? então o custo administrativo é superior ao custo do Serviço??? Vão gozar com o c..........lho!!!!!!

Posso realmente fazer o pagamento postecipado, conforme foi divulgado por Vas. Exas., mas.... dou o exemplo concreto de um pagamento que efectuei e do qual junto cópia: No passado dia 21-10-2010 fui a uma Payshop e o recibo total foi de 5,02 Euros... sendo que esta verba diz respeito às parcelas de 2,60€ de custos de portagem e... 2,42€ de CUSTOS ADMINISTRATIVOS!!!!! 93% de aumento!!!!!

AINDA POR CIMA, O REFERIDO RECIBO NÃO IDENTIFICA OS LOCAIS EXACTOS DAS PASSAGENS NEM AS HORAS... NADA! Como eu utilizo uma viatura da Empresa onde trabalho, acabo por não ter forma de justificar se os recibos são referentes a utilizações particulares ou em serviço da Empresa....

Verifico ainda que, quando termino a passagem das Ex-Scut, no respectivo local, não tendo ninguém para me cobrar a passagem, nem sequer tenho UM LIVRO DE RECLAMAÇÕES!!!!!Não me venham dizer que tal livro está ao meu dispôr na VIA VERDE ou em qualquer uma das Lojas existentes neste País..... Porque qualquer Empresa onde eu vá, tem Livro de Reclamações nas suas filiais, não me mandam para a SEDE a reclamar....

Tenho o Direito de reclamar no local onde me foi prestado o Serviço, não sou obrigado a deslocar-me para o fazer!!!!!

Ainda por cima, com tantos nomes nas estradas, nem sei se estou a utilizar um serviço da Ascendi, da Brisa ou de qualquer um dos outros Exploradores de cidadãos deste País.... pelo que nesses casos podiam sempre dizer "Ah! coisa e tal.... a sua reclamação não é para a Brisa... é para a Ascendi.... ou é para não sei quem.... olhe, pague e não bufe...."

Face ao exposto, considerando que a inexistência do Livro de Reclamações no Local onde o Serviço me é prestado; considerando tambérm que não tenho que suportar os custos das v/ máquinas de registos; considerando ainda um abuso que seja eu a pagar uma comissão de 93% ao payshop que se substitui a vocês para efectuarem a v/ cobrança que, lembro, não fizeram porque não estavam presentes no respectivo local quando eu passei e quis pagar...
Vou continuar a utilizar a ex-scut em questão, sendo certo que aguardarei que no respectivo local esteja alguém da v/ Empresa! se isso não acontecer, QUERO utilizar o respectivo Livro de Reclamações (podem pendurar no último poste antes da saída para Alfena, é uma sugestão...). CERTO mesmo, é que não pagarei mais multas (custos administrativos, comissão do Payshop, ou outro nome que lhe queiram dar), por não efectuar o pagamento atempadamente por CULPA VOSSA!!!

MALDITOS PORTUGUESES, REBANHO DE CORDEIROS: NINGUÉM TEM UNS PNEUS QUE ME EMPRESTE PARA QUEIMAR NA SAÍDA DAS SCT'S????? NINGUÉM RECLAMA? TODOS FALAM E NO ENTANTO PAGAM E CALAM??? PORTUGAL TEM MESMO O QUE MERECE.........

Dava-lhes os meus cumprimentos, mas só se fosse ao murro seus f.p.
Manuel Monteiro Matos

Ensitel alvo de BUZZ negativo!

Um caso prático que nos mostra que não basta estar presente nas redes sociais ao nível empresarial. É preciso ter uma estratégia bem definida e com foco no cliente / serviço prestado!
A Ensitel devia aprender com este caso e reformular a sua presença na web 2.0. Lançou um comunicado anedótico e começou por apagar feedback negativo da sua página facebook, nada mais errado!
Veja-se bem a "força" e o poder de networking que todo este paradigma das redes sociais pode ter. O assunto foi abordado agora mesmo no jornal da tarde...
Pode ver na página do Paulo Morais uma explicação mais técnica sobre o tema bem como possíveis estratégias a adoptar.

quinta-feira, julho 22, 2010

Obesidade Mental

A Obesidade Mental - Andrew Oitke
por João César das Neves


O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro "Mental Obesity", que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.

Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.

Segundo o autor, a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.

As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.

Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.

Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.

Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.

O problema central está na família e na escola.

Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.

Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.

Com uma alimentação intelectual tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:

"O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.

"Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais."

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.

O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.

Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.

Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.

Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.

Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.

Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.

A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.

Não se trata de uma decadência, uma "idade das trevas" ou o fim da civilização, como tantos apregoam.

É só uma questão de obesidade.

O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.

O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.

Precisa sobretudo de dieta mental!

segunda-feira, janeiro 04, 2010

quinta-feira, setembro 17, 2009

indignação dos professores

Resposta ao Caríssimo que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores.
Tal demonstra bem como os profs trabalham tanto e "nem se dá por ela". Caro anónimo indignado com a indignação dos professores,Homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui. Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.

O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc. Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua.

Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.

Vamos lá, então, contar:

1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.

2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.

3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.

4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.

5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.

6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).

7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo. Vamos, então, somar isto tudo: 84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.

Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas. Ora 547h-154h=393 horas.

Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito. Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.

No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas.
Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!!

Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício. Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo?

Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar. Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco! Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.

Número total de visualizações de páginas